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HPV na boca e câncer de orofaringe
De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), 72% dos tipos de câncer bucal que afetam a parte de trás da boca, amígdalas e garganta (ou seja, a orofaringe) estão relacionados ao HPV. Um estudo recente realizado pelo Instituto Nacional de Câncer demonstra que a linhagem particular de vírus que está ligada mais intimamente com câncer de orofaringe é o HPV 16. Embora 38,4% dos participantes da pesquisa do Ministério da Saúde estivessem infectados pelo HPV de alto risco para o desenvolvimento de câncer, com base em avaliações da Fundação de Câncer de Boca, a maioria das pessoas não desenvolve a doença devido à resposta imunológica individual.
Riscos de câncer de orofaringe
Mesmo que suas chances de desenvolver câncer de orofaringe sejam pequenas, o número de casos associados ao HPV oral tem aumentado. Nos Estados Unidos, caucasianos não fumantes entre as idades de 35 e 55 anos são o grupo de maior risco. Na verdade, os homens neste grupo têm um risco de 4 para 1 em comparação com as mulheres. Condições como sistema imunológico debilitado devido às doenças como HIV/AIDS ou medicamentos administrados após transplantes de órgãos, também podem aumentar o risco, bem como o número de parceiros sexuais e a prática de sexo oral.
Sinais de câncer de orofaringe
Um grande problema é que os casos de câncer de orofaringe ligados ao HPV 16 são mais difíceis de detectar do que os causados pelo tabaco, pois os sintomas são muitas vezes subestimados, indolores e nem sempre são evidentes para você ou para o seu médico ou dentista. Por isso, exames orais visuais e táteis de rotina são os meios mais eficazes na detecção de câncer bucal em seus estágios iniciais.
Assim, se você apresentar algum dos seguintes sintomas, e eles não desaparecerem dentro de duas a três semanas, consulte o seu médico ou dentista imediatamente:
Opções de tratamento
Caso você receba um diagnóstico de câncer bucal ou de orofaringe, existem várias opções de tratamento que podem ser discutidas com seu médico. Provavelmente, você vai contar com uma equipe de profissionais de cuidados de saúde, como um otorrinolaringologista, um cirurgião oral, um radioterapeuta e/ou médico oncologista. Especialistas em nutrição, enfermeiros, assistentes sociais e fonoaudiólogos também podem ajudar no tratamento.
As principais possibilidades de tratamento incluem cirurgia, quimioterapia, radioterapia e terapia direcionada, mas a Sociedade Americana de Câncer recomenda buscar uma segunda opinião médica antes de tomar alguma decisão.
A vacina contra o HPV
Hoje já existem vacinas que protegem contra certos tipos de HPV que estão disponíveis para ajudar a prevenir câncer do colo do útero e em torno da área genital, bem como câncer de orofaringe e verrugas genitais. A recomendação do Ministério da Saúde é que todos os pré-adolescentes, meninas e meninos, sejam vacinados antes dos 14 anos de idade. A vacina é distribuída gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde – SUS.
Apesar de muitos adultos sexualmente ativos contraírem algum tipo de HPV ou HPV oral sem chegar a desenvolver quaisquer problemas de saúde, ainda assim é importante vacinar seus filhos, visitar o dentista regularmente para exames de rotina para detecção de câncer, evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool, além de reconhecer os sinais do câncer bucal. É imprescindível ligar para o médico ou dentista se os sintomas persistirem.
Fonte: Colgate